quarta-feira, março 14, 2018



O regresso do Peixinho Vermelho 


1- Razões para o regresso
2- Sigamos, então.....

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   Diz quem sabe, que o que está morto, morto está.  Eu também penso que, por vezes, isso é verdade. Menos quando sou eu a ressuscitar o morto. É claro que o morto não tem vida própria, é apenas um produto da minha vontade. Esta não é  a versão blogueira do " Walking Deads". É apenas expressão de um querer, tal como o foi a sua (falsa) morte, que isto de mortes e ressurreições virtuais é mais ou menos o mesmo que a  estadia do sr. dr. Marques Guedes em Berkeley, ou seja, é uma coisa que imaginamos que seja, para vermos o que seria, se fosse. Às vezes pega. É o que estou a tentar. Se bem me lembro, a pseudo morte do Leiria em Cuecas ocorreu no mês de Julho de 2015. Foi morte súbita, sem direito a despedidas e epitáfios...e ainda bem, digo eu, como estamos a ver.
Pretendemos voltar para nos juntarmos aos que, olhando à sua volta, vêm na mão castrista que esmaga Leiria, uma fusão antipática entre prepotência e visão foleira da vida. Nada de importante, portanto, dirão os simpáticos frequentadores da nossa bela praça. Sempre assim foi, acrescentarão, o que não deixa de ser verdade, mas que não impede que nós achemos que este modo de estar seja tão criminoso como o daquele, que sustentado numa maioria mais do que absoluta, vai pondo e dispondo do nosso concelho como se fosse um jogo de Lego com as peças avariadas. 

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  E vamos aos factos!
 Nós sabemos que o normal cidadão de Leiria gosta (tanto, tanto) da sua terrinha exactamente na mesma medida que não faz a mínima ideia de como aqui se decidem as coisas que lhe moldam a vivência. Não há Plano de Mobilidade que os incomode, nem crime ambiental para o qual não haja compreensão. Afinal, até veio um Ministro a convite da Câmara à festa dos óscares da porcaria ( Porco de Ouro) e à falta de bons transportes colectivos, a malta compra um bólide próprio, que, não podendo ser um Ferrari, pelo menos apita como o dos ricos. Vão fazer obras no Castelo? Querem eles lá saber! Fica lá no alto! Ninguém lá vai, a não ser meia dúzia de turistas e só uns quantos totós que andam sempre a barafustar por tudo e por nada é que ligam a essas coisas. E ainda por cima aquele poeta, o Korrodi, fez uns desenhos já há bué de tempo, onde já estavam as alterações todas previstas.
Como tudo o que incomoda, do vizinho barulhento à comichão, as coisas tendem a ser sentidas como problemas sem solução, que voltam sempre, faça-se o que se faça. Esta postura permite a quem manda o exercício livre da arbitrariedade e do despautério.
 Só assim se percebe o que se passa há largas dezenas de anos com a poluição dos nossos recursos hídricos ( quem toma banho na Ribeira dos Milagres, nos dias de hoje?)
Só assim se entende como o desinvestimento na cultura passe incólume aos olhos da opinião pública.
Só assim se entende, que tenha sido aprovada a construção de um (?) elevador para o Castelo, o tal que fica lá no cimo e onde o povo não vai, e ninguém diga nada! Nadinha.
Como vai ser, para que vai ser, porque vai ser, que impacto vai ter, que estudos fizeram, façam o favor de dizer que benefícios isso vai trazer para quem aqui vive e não percebe estas escolhas.  É o mínimo que deviam querer saber. E não estar borrifando-se para todas as diatribes que calma e ponderadamente este executivo de Raul Castro tem feito e se prepara para continuar a fazer.

 Ao vosso dispor

 Redfish

                                                  Modelo de elevador para o Castelo 

                                         
desenho de Gil Campos