terça-feira, junho 19, 2012

Uma constatação, dois agradecimentos e vários desabafos

As coisas são como são, comenta quem sabe, tudo tem uma explicação racional, acrescenta ainda, mas eu que não sou de intrigas e só tenho a certeza de que tenho muita dúvida por esclarecer, vejo-me grego para atinar com o meu novo modo de ganhar a vida. Honra seja feita a todas e todos que ao longo destes 54 anos me mitigaram a sede e a fome e a quem muitas vezes acusei de inépcia e contra quem vociferei indignado pelo tempo de espera, pelo fino mal tirado, por tudo mais um par de botas que agora, numa reviravolta à campeão me cai em cima como um castigo dos deuses, que devem estar loucos, só pode, para me atazanarem assim. Foi uma semana de arromba e entre mortos e feridos penso que o balanço é positivo, prometendo mais e melhor para o futuro que espero breve. A tod@s @s que com paciência e coragem nos deram o prazer da comparência e o apoio tanto nas críticas como nos elogios - sabem tão bem quando os sentimos sinceros (pois é!!!) e tantas vezes nos esquecemos de os fazer - agradeço de coração, este coração meio chanfrado por paixões e razões que se renovam, neste permanente viver a sonhar acordado.
Decididamente, abrir latas é saudavelmente tramado. 
Entretanto, alheio a tudo isto, o povo Tuga urra de alegria a cada pontapé certeiro que, lá mais para leste, os rapazes da Selecção vão dando. Magro consolo para quem se vê cada vez mais triturado pela voragem dos "come tudo", este de se lhes equiparar ou até, quiçá, superiorizar na futebolada, mas mesmo assim, fraquito, é consolo. Já não atino é com os palermas que saem de casa e andam pelas ruas a apitar que nem doidos, como se fosse assim, alguma vez, forma de se festejar o que quer que seja, quanto mais uma vitória num jogo de futebol. São os chamados cérebros de apito, ou mais eruditamente, Buzinatus Cabeçudus que proliferam como cogumelos nestas alturas de festarola de contornos nacionalista-popular. Como a gasolina está barata, andam às voltas por tudo quanto é rua ou ruela, riem contentes como se fossem muito felizes e depois desaparecem para os poisos obscuros de onde bem podiam não ter saído. Como de costume, o Governo agradece, pois por uns tempos pode "trabalhar" à vontade, que está tudo anestesiado.
Estou como hei-de ir, por isso me despeço e desejo a todas e a todos que no verdadeiro campeonato, o da vida, não deixemos ganhar sempre os donos da bola, que é como quem diz....



domingo, junho 10, 2012

É preciso ter lata!!









 Meus amigos:
A vida tem destas coisas. Um dia, sem saber como alguém vê a sua vida dar uma grande volta (mais de 360º como diria o grande João Pinto), o que na enciclopédia do disparate não é melhor nem pior do que o que outras sumidades vão debitando, e além do mais enquadra-se como uma luva no que me sucedeu.
Depois de amigavelmente e por mútuo acordo eu ter sido obrigado a abandonar a empresa onde durante quase 25 anos me habituei à cómoda vida de empregado por contra de outrem, eis que esta me dá uma excelente oportunidade de vida. Aos 54 anos, 2 filhas ainda casadoiras e que contrariamente às princesas dos contos de fadas (embora sejam mais lindas as minhas princesas) comem e bebem como qualquer mortal. Pois bem, tendo esta excelente oportunidade de vida – UAUUU, que bom, estou sem emprego e ninguém me quer por causa da minha idade, bué de fixe – resolvi dar razão ao troglodita que como 1º ministro do coiso nos enfastia com tiradas muito menos engraçadas que as do João Pinto, mas igualmente calinas e empreendedorizei-me (eh,eh,eh!)
Assim, nova corrida, a mesma viagem, mais uma história, e nasce o ABRELATAS, espaço que espero ver crescer com calma e bom ar, que espero partilhar convosco. Abriu ontem, dia 9 de Junho, e como dizia Warezoog, filósofo que eu não conheço mas que se embebedava comigo e com o meu padrinho Paulo Archer, “nós só sabemos o que valemos quando alguém nos compra”. Oxalá gostem da ideia. Cá estarei à vossa espera.
Um abraço
Zé Peixoto


 Numa justa homenagem àqueles que com a sua labuta fazem chegar aos portugueses o peixinho que eles comem e que enche a grande maioria das conservas que vendemos ( no ABRELATAS só vendemos produto nacional) os trabalhadores desta novel empresa adoptaram como hino esta lindíssima canção do GAC. Todos os dias encerraremos a nossa labuta com o som do Ir e Vir. Viva a justa luta dos pescadores da sardinha. Um abraço sincero ao meu grande amigo Piló!