sexta-feira, novembro 27, 2009

Quando as caganças são mais que as mudanças




Este blogue anda muito relaxado. Digo eu, tal como o Tom Waits dizia " the piano has been drinking, not me". Mas deixando de lado esta pequena assumpção de responsabilidade, a verdade é que o "Leiria" tem deixado as cuecas de molho. É assim, patrão fora, dia santo na loja, e nesta loja só há 1 funcionário em serviço.
Nada que pelos vistos tenha importado os supostamente interessados frequentadores desta baiúca, pois nem uma palavrinha amável temperada com uma certa dose de ansiedade ( mesmo inventada) questionando as razões deste apagamento - Estará doente? Trocou-nos por outros? - nada, nem um mísero comentário desdenhoso constatando a falta de brio do blogueiro. Enfim, já me reduzi à minha insignificância há algum tempo, mas o que me resta de amor próprio ainda chega para este desabafo.
Já para não falar que alguns dias de ausência, são para mim mais difíceis de sopurtar do que para os meus poucos espreitadores, pois significam que a fonte de onde brotam as pérolas com que vos encanto, não está brotando, seca, que as musas que me deviam inspirar partiram para outra, e eu nem no álcool encontro alimento para este vazio.
A vida também não ajuda. Nesta terra abençoada, só meia dúzia se safa e bem sem fazer nada, o resto do mundo anda ao sabor desse "ingrato amigo" que é o trabalho, que quando não se tem nos mata à fome, que o tendo nos suga a vontade de viver. Passe o exagero, o que eu quero é dizer que os sacanas que controlam o poder nesta espécie de empresa mal gerida em que se transformou o tal paraíso de Adão e Eva, estão-se cagando para quem os sustenta desde que se empanturrem de coisas boas e maravilhosas que ainda por cima os mortos de fome que as fabricam e que nunca as poderão ter, defenderão com as próprias vidas como se deles fossem.
Portugal que neste casino ocupa um cantito no sotão, vive da mesma lógica. Tendo o salto à Vara como exemplo de sucesso para os mais novos, empresários de + sucesso conseguem o prodígio de serem os principais devedores de negócios que gerem numa lógica que baralha o pobre mortal que já fica danado para perceber a táctica 4x4x2 que se transforma em tudo ao monte e fé em Deus do professor Carlos Queiroz que joga com 11 jogadores + 3 toneladas de paio e ninguém lhe diz nada, pois a glória da nação passa mais pelo pontapé na bola do que pela educação, que agora é uma aventura partilhada pela fome e a vontade de comer e o desgosto que nós temos de ver os licenciados que hadem sair das universidades , será mitigado pelo gesto técnico do Ronaldo a chutar com o pé que tiver mais à mão num golo de levantar o estádio, estádio esse que se por acaso tiver tanta gente a assistir aos jogos como o Magalhães Pessoa, só levanta dúzia e meia, e ainda vai demorar século e tal a ser pago, com o dinheiro dos tansos dos leirienses e o apoio sempre prestável da Leirisport que está pedra e cal e a condescendência da Lena construcções e da Santa Madre Igreja. Arre porra, que é demais, afinal com tanta cagança onde está a mudança?

Redfish

sexta-feira, novembro 13, 2009

Depois são sempre as crianças que sofrem, sempre, sempre!



Estamos de volta após um retiro estratégico motivado mais por fastio que por cansaço. E retomando o tema do post anterior o motivo mantem-se à tona da água.
Às vezes perguntamo-nos, vale a pena? Já temos a teimosa resposta a querer sair
mas, bolas, um intervalo também sabe bem, para mais quando a paga é pouca e ainda temos que aturar desaforos.
Em Leiria tudo corre como previsto: esta espécie de partido socialista, lá fez o conluio com o senhor que era uma espécie de centrista, e agora temos um executivo democrático e popular. Depois do Damascenismo de má memória, agora temos uma governação do género "Nossa Senhora de Fátima nos conduza à liberdade", que contará
com o apoio tácito de uma cidade que convenientemente esquecerá o que foi prometido
durante a campanha eleitoral, e que já começou a ser mandado às malvas ( por ambos os nubentes, diga-se) neste casamento desnaturado. Nada que nos admire dadas todas as coordenadas.
Além do mais os exemplos vêm de cima. Nos 20 anos da queda do Muro de Berlim, que tipo de memória devemos guardar da data? Que devemos festejar?
Na Assembleia da República, os partidos da Santa Aliança, mais o PCP (por motivos òbviamente diferentes)votaram contra a saudação que o Bloco de Esquerda apresentou alusiva à data e ao facto. Lá como cá eles são tão queridos juntos... graças a Deus.


Redfish