terça-feira, fevereiro 17, 2009

12 de Fevereiro - mais uma descarga na Ribeira dos Milagres



Seguindo o trajecto do resto do país também na Ribeira dos Milagres houve merda.
Desculpem a crueza com que me exprimo, mas está cada vez mais exposta, e chamo merda como podia chamar bosta. O que importa é que promessas leva-as o vento e a bosta fica cá para nossa vergonha. As semelhanças entre as suinas excrecências e
as da governança, já não são só coincidências, são evidências. A desfaçatez com que quem pode nos trama, vigariza e ainda goza só tem paralelo com a persistência com que os suínos vão cagando para nós. É verdade que de um lado estão banqueiros, governantes, gestores, e do outro, suínos, bacorinhos e leitões, que estes últimos cagam campos e ribeiras e os primeiros defecam mais pelas cidades, mas poluem nações inteiras. Sem querer tomar partido, confesso uma pequena tendência para simpatizar com os animais, porcos que sejam, porque esses ainda servem para alguma coisa, quando bem temperados e melhor assados. Os outros andam lavadinhos e bem vestidos, usam seus caros perfumes para esconder os seu odor a podridão.
Estamos entregues à bicharada, dirão alguns, e eu confesso, que nunca senti tanta verdade num verso. Entre estas bestas e a razão está um povo à beira da depressão, que se não se põe a pau fica sem ribeiras, sem os porcos e sem nada, que tudo lhe roubarão, e sempre, como é hábito e oficial, a bem da Nação