segunda-feira, junho 01, 2009

O "milagre" dos rosas

6 comentários:

b m disse...

António Vieira e a corrupção



" Vos estis sal terrae.

Vós, diz Cristo, Senhor nosso, falando com os pregadores, sois o sal da terra: e chama-lhes sal da terra, porque quer que façam na terra o que faz o sal. O efeito do sal é impedir a corrupção; mas quando a terra se vê tão corrupta como está a nossa, havendo tantos nela que têm ofício de sal, qual será, ou qual pode ser a causa desta corrupção? Ou é porque o sal não salga, ou porque a terra se não deixa salgar. Ou é porque o sal não salga, e os pregadores não pregam a verdadeira doutrina; ou porque a terra se não deixa salgar e os ouvintes, sendo verdadeira a doutrina que lhes dão, a não querem receber. Ou é porque o sal não salga, e os pregadores dizem uma cousa e fazem outra; ou porque a terra se não deixa salgar, e os ouvintes querem antes imitar o que eles fazem, que fazer o que dizem. Ou é porque o sal não salga, e os pregadores se pregam a si e não a Cristo; ou porque a terra se não deixa salgar, e os ouvintes, em vez de servir a Cristo, servem a seus apetites. Não é tudo isto verdade? Ainda mal!
Suposto, pois, que ou o sal não salgue ou a terra se não deixe salgar; que se há-de fazer a este sal e que se há-de fazer a esta terra? O que se há-de fazer ao sal que não salga, Cristo o disse logo: Quod si sal evanuerit, in quo salietur? Ad nihilum valet ultra, nisi ut mittatur foras et conculcetur ab hominibus. «Se o sal perder a substância e a virtude, e o pregador faltar à doutrina e ao exemplo, o que se lhe há-de fazer, é lançá-lo fora como inútil para que seja pisado de todos.» Quem se atrevera a dizer tal cousa, se o mesmo Cristo a não pronunciara? Assim como não há quem seja mais digno de reverência e de ser posto sobre a cabeça que o pregador que ensina e faz o que deve, assim é merecedor de todo o desprezo e de ser metido debaixo dos pés, o que com a palavra ou com a vida prega o contrário.
Isto é o que se deve fazer ao sal que não salga...."
.
.
Nota, pessoal ou talvez não :
A Assembleia da República, em tempo vieirino, deveria pelo menos ter revisitado Vieira antes de legislar, ou não legislar, sobre a corrupção e muito em particular no que se refere ao enriquecimento ilícito e ao financiamento dos partidos...

Pelo menos podia ter a vantagem de evitar que o m/ BE andasse para aí aflito a inventar desculpas esfarrapadas!

E já agora como fiscalizar as sandochas e as bifanas que o amigo Belmiro vai pagar aos seus apaniguados? Qual o critério?! O da lei antiga ou o da lei nova ? É ou não é o mesmo !?... Só que agora.. é fartar vilanagem !

http://portuguesonline2.no.sapo.pt/sermaointegral.htm

Leiria em Cuecas disse...

Só há uma forma de acabar com o financiamento ilícito: acabar com sigilo bancário e offshores. Nem esta lei tem essa pretensão, mas em relação à anterior, contrariamente ao que é veiculado também não aumenta o perigo de que isso aconteça.

b m disse...

Lamento dizer, mas o perigo está entre o "0" e o milhão...das tais sandochas
Isto não vai para o teu "inteligente".É para o bon entendeur..., que bem sabe que o partido não ganha nada c/ os "Yes men". In casu, prefiro aquela figura que votou sózinho na A.R. ABRAÇO

Leiria em Cuecas disse...

Machado corta a direito e só vê o que quer ver. A verdade é que o milhão é cerca de 3% do financiamento total dos partidos. O que tu não vês são os outros 97% que saem esses sim dos nossos bolsos e dos quais ninguem nem tu falam. Acho, contudo, bem. Mas na lei anterior dos particulares em nota só podiam receber 22500€. Sabes que só com a quota miserável que pagamos no Bloco, com o nosso nº de aderentes ultrapassávamos esse limite? Já agora repara no PCP com perto de 50000 militantes pagantes de quota, mais o dinheiro que fazem na Festa do Avante. Sabes o que acontecia na anterior lei ao excedente das contribuições em nota? Era descontado às subvenções estatais e dividido por todos os partidos. Justíssimo,não?
Os partidos do poder, altamente financiados pelo estado, tb à surrelfa pelos bancos e banqueiros através de offshores e outras maningâncias, ainda iam lucrar com o que os militantes dos outros angariavam. Isso estava correctíssimo, não, camarada?

Quanto ao senhor que votou sozinho, gostava de saber porque, sendo tão amigo da justiça e da decência, não vota o fim do sigilo bancário. Enfim, ele lá sabe.

b m disse...

Continuas a cortar enviezado. Por isso não vês sequer o capital e o dinheiro do Belmiro a entrar nos bolsos teus amigos PSD e CDS.

Quanto ao "outro" que votou bem,esse é do PS, mas que parecia do BE na altura, lá isso parecia...
Infelizmente, uma vez mais digo, in casu, o BE é que parecia o PS. Abraço e bom AVANTE

Leiria em Cuecas disse...

Não há maior cego do que aquele que não auer ver. Quando um tipo culto e inteligente continuamente rodeia todo e qualquer argumento e bate sempra na mesma tecla é porque não tem interesse em discutir, só quis provocar. Se assim não for...
Quando o Tó Zé Seguro tiver aluma coisa de parecido com o BE eu já terei saído há muito. Mas manteho a pergunta: porquê o sigilo bancário, então?

PS - lê a lei.