Estação dos correios de Santana, Leiria
Cartas de amor, quem as não tem, dizia a canção. Cada vez são menos, pois parvoíces no Facebook e sms pirosos foram substituindo, pessimamente digo eu, as ditas cartas, ridículas, diria Pessoa, que se entretinha a escrever cartas, não ridículas digo eu, a ele próprio. Escassez de cartas? Será essa a razão para quererem fechar os Correios? Escassez de clientes, dizem eles, cientes de que serviços públicos de qualidade não servem interesses privados interessados no serviço, que público, lhes nega proveito e lucro. Mas se há interesses privados por detrás desta orgia de encerramentos de estações dos CTT, como aceitar as explicações da Administração da pública empresa tutelada pelo Ministério da Economia de que não são exequíveis por falta de clientes? Passo a miúdos para facilitar: serão os gajos interessados em ficar com os CTT tão palermas que se interessem por uma treta não rentável? É verdade que provavelmente, para não dizer com toda a certeza, essa apropriação por privados significaria na linguagem alternativa do Pedro Coelho, que haveria para uma grossa fatia dos funcionários dos CTT novas oportunidades de vida, noutro lugar, noutra empresa, noutro país ou até noutra vida. Mas...não há bela sem senão, dirão os putativos interessados ao excelentíssimo Ministro Álvaro Santos, que, como quem não quer a coisa se mantém anafado e jovial, contrariando a tendência de emagrecimento e envelhecimento que a sociedade portuguesa vai manifestando, muito por culpa dele, do Pedro, dos putativos interessados ( que negarão sempre até pela saúde da mãezinha qualquer interesse no negócio) e também do senhor a quem chamam Presidente, mas que diz coisas como os palhaços, mas com muito menos piada.
Sendo certo que este país não é para velhos, pese embora o paradoxo da questão que é o haver cada vez mais idosos, e APRE!!!! Andam atiçados contra este governo....bem... os novos também, mas emigram muito para nosso azar...eh pá...talvez voltem a escrever cartas...não, não...agora há a Internet, o Skipe e essas coisas todas que nos permitem falar ao longe como se aqui ao lado uns dos outros estivéssemos, pois, não há volta a dar, já fecharam a Estação de Santana, a seguir outras irão, quando ficar apetecível virá a privatização. Em envelope fechado e com carimbo dos CTT, correio azul, remetente o Álvaro, com amor, para os presumíveis interessados.
Vosso, Redfish
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