É mesmo assim. Rei (neste caso, rainha) morto, rei posto. Ainda ecoam os estrondos do trambulhão que Isabel Damasceno deu lá do seu poleiro, e já alguns "valentes" cidadãos, antes mais calados que túmulos, tagarelam alegremente tecendo críticas e apontando soluções para o
que antes era tabú sequer mencionar. Eu sei que sempre foi assim, mas custa-me ver a poltranice a sair à rua. Para quem se expõe e se empenha, esta é sem dúvida a maior provação.
São os mesmos que nunca fazem greves, mas lucram com os benefícios que dessas lutas possam advir e que quando as coisas correm mal, pressurosos se afastam para não serem conotados com nada que os comprometa.
A procissão ainda vai no adro. Num dos mais belos filmes que me lembro, "O Leopardo" de Luchino Visconti, Tancredi (Alain Delon), o sobrinho do velho aristocrata D. Fabricio ( Burt Lencaster) citava Lampedusa: " É preciso que tudo mude para que tudo fique na mesma".
Em Leiria o filme chamar-se-ia "O porco assado", mas a estratégia é concerteza a mesma. Um casamento de interesses divergentes, para que tudo isto se mantenha. A ver vamos.
O blogue que pretende discutir, sem limitações, problemas que afectam a nossa região... e não só!
quinta-feira, outubro 15, 2009
terça-feira, outubro 13, 2009
Se fosses muçulmano votavas em quem?
Já levei porrada pior e ainda cá ando
"Reconhece a queda
e não desanima
levanta, sacode a poeira
e dá volta por cima"
(Paulo Vanzolini)
Às mulheres e homens para quem um tropeção não é o fim dum sonho.
A todos os que erradamente pensam que vamos desistir.
A todos que já estão prontos para outra.
Aos que nos detestam e que nos querem ver no chão.
A nós, Bloquistas
e não desanima
levanta, sacode a poeira
e dá volta por cima"
(Paulo Vanzolini)
Às mulheres e homens para quem um tropeção não é o fim dum sonho.
A todos os que erradamente pensam que vamos desistir.
A todos que já estão prontos para outra.
Aos que nos detestam e que nos querem ver no chão.
A nós, Bloquistas
sexta-feira, outubro 09, 2009
terça-feira, outubro 06, 2009
Leiria, - Gente por ti, ó cidade
É uma mensagem forte, pela homenagem ao Zeca, como pela imagem do que pretendemos para Leiria. Podem ler o artigo na revista Domingo do CM de 4 de Outubro.
A campanha em Leiria corre ao ralenti. Politicamente, é a pior campanha que eu me lembro. Como candidato é a pior em que participo. Será que esta resignação que se nota é consequência do cansaço por tanta injecção de Demagogia ou é apenas desinteresse?
Às vezes sinto um vazio enorme entre o nosso esforço e aqueles a quem nos dirigimos e pergunto-me se valerá a pena. Um candidato de não sei onde dá chouriços aos possíveis eleitores e é notícia de telejornal. A Democracia ridicularizada, a pimbalhada com honras de tribuna. Em que coisa estão a querer transformar este país?
Aqui em Leiria ficamo-nos pelas canetas, os bonés e as promessas que nunca serão cumpridas. Ainda não me deram nenhuma, (talvez por eu ser da oposição)mas são a face mais visível deste negócio em que se transformaram as campanhas eleitorais, com gastos loucos, empresas a assessorar campanhas cobrando fortunas, gastos em publicidade sem o mínimo conteúdo, a política rebaixada e desvalorizada perante o masketing do espectáculo, do ilusório.
Depois, lembro todos aqueles e aquelas para quem a dignidade é razão de vida, os que nunca desistiram de sonhar, e ganho forças para mais esta luta. Por mim, pelos meus, por uma vida melhor para todas e todos.
Há muitos anos, era eu um jovem e sonhador estudantola em Coimbra, ouvi pela primeira vez esta canção. Entrou-me no coração e nunca mais de cá saiu.
Esta é também a minha humilde homenagem à grande Mercedes Sosa, aqui acompanhada pela também maravilhosa voz do Milton Nascimento, numa grande canção de Violeta Parra.
Para todos nós. Vamos à luta
Redfish
quinta-feira, outubro 01, 2009
Um abraço apertado, uma cerveja e até já
Estamos em dia de celebrar o Jorge. Saiu de cena, e foi-se, para outros palcos, sem sequer ter tempo de se despedir. Nós, que com ele tantas vezes brindámos e gozámos a vida, estranhamos a pressa, é difícil de aceitar o porquê. Hoje demos beijos e abraços, rimos e choramos com o Jorge em todas as frases, em todos os gestos. Para mim, fica a tristeza por aquele encontro que já não vai realizar-se, tantas vezes prometido e outras tantas adiado, fica a lembrança tão grata daquele sorriso maroto, as histórias tortas e retortas de noites e dias de fadiga e boa vida, fica-me este endereço de e-mail que devia mas não vou ser capaz de apagar, e restam-me sobretudo vocês amigos e amigas com quem tantas vezes cantámos Grândolas e outras que tais, e ainda outras mais como aquele
"Geredeguedé, Bó!"
tão sonoro e tonitroante com que brindávamos Coimbra e os seus, em noites de algazarra.
Para todos vós, queridas e queridos amigos um abreijo muito grande, como o que já não posso dar a esse manganão, actor de teatro e companheiro de sonhos, Jorge Humberto Pinto Afonso Vasques de seu nome, com quem tive a alegria de partilhar dos melhores momentos da minha vida.
"Geredeguedé, Bó!"
tão sonoro e tonitroante com que brindávamos Coimbra e os seus, em noites de algazarra.
Para todos vós, queridas e queridos amigos um abreijo muito grande, como o que já não posso dar a esse manganão, actor de teatro e companheiro de sonhos, Jorge Humberto Pinto Afonso Vasques de seu nome, com quem tive a alegria de partilhar dos melhores momentos da minha vida.
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