terça-feira, dezembro 20, 2011

Problemas gastronómicos

Um coração está muitas vezes fora do seu juízo quando detesta o que ama?
É impossível considerar abjecto aquilo de que se gosta?
Odiar de morte o que nos dá prazer?
É possível, é possível sim.
Porque julgam que deixei de comer cherne e agora só o cheiro de coelho me agonia?

Este é um exemplo de escrita sem vontade. Vim apenas para mostrar a quem tem o hábito, o azar, o prazer ou outra qualquer razão para aqui vir, que este cidadão que sou eu, detesto, odeio, tenho raiva e sinto desprezo, por tudo e todos que se relacione com este governo que mais do que um governo parece uma casa de alterne.
Isto não é um desabafo. É um estado de alma. Espero bem não ser o único a sentir assim. Se formos muitos, talvez a energia faça tremer os céus e a terra, os oceanos enfurecer-se e os ventos bailar desordenados. Se formos muitos, talvez de uma vez por todas este povo de anémonas com hormonas retardadas ganhe coragem e ouse a revolta. Talvez consigamos obrigar o Passos Coelho e a sua rapaziada a emigrar e para longe, onde não haja nem sonhos nem memórias, nada a não ser areia e esquecimento. Um lugar de onde não possam voltar, nunca mais. Para que eu recupere o prazer de comer uma boa coelhada. Acreditem que só por isso vale a pena.
Entretanto, ali, num Petit pays logo atrás do mar azul, chora-se por uma voz que o tempo não vai calar. À grande Cesária a minha pequena homenagem.

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