terça-feira, janeiro 24, 2012

Petição Pedido de Demissão do Presidente da República

Petição Pedido de Demissão do Presidente da República


Eu já assinei. Porque mesmo assim já é tarde. Porque nunca devia ter sido eleito. Porque não deveria ter podido candidatar-se. Porque o povo português merece mais respeito, este humilde peixinho vermelho incluído!

Redfish

segunda-feira, janeiro 23, 2012

JOSÉ LUÍS ALVES PEREIRA

Gostava muito de Brel e de pintura. Nunca mais poderei ir a uma exposição que não me lembre dele. O Zé ajudou a pintar de cores mais bonitas o quadro que é a minha vida, com a sua amizade, o seu carinho. Partiu inesperadamente, levando com ele o seu sorriso fraterno, a sua solidariedade permanente, a sua integridade de homem livre e vertical. Deixa uma imensa saudade e uma rede infinita de amizades e partilhas. Como canta o seu grande amigo Manuel Freire, "se ao morrer um coração, morresse a luz que lhe é querida, sem razão seria a vida, sem razão". Eu sei que assim é. Pela minha parte, nunca o esquecerei.


segunda-feira, janeiro 16, 2012

O lixo do Lixo -

Sabemo-nos todos gente sem paranóias de maior quando nos pensamos perante dificuldades com que nunca nos deparámos. Somos extraordinários e eficazes nesta demonstração teórica de que com o mal dos outros podemos todos muito bem. Melhor ainda é o nosso sentido crítico e o pronto sentido de justiça com que brindamos o parceiro do lado quando o vemos a afundar-se seja em que maré for. Há sempre uma justificação nada científica e muito preconceituosa apropriada a cada caso e omissa em relação ao material comparativo que somos nós, os próprios, colocados alternadamente e sem critério na posição de juízes ou como estabelecedor de paralelismos mas no grau comparativo de superioridade. O pobre é-o porque não quer trabalhar, o doente é-o porque fuma muito e não tem cuidado nenhum com a saúde, o que faz greve é porque não gosta de trabalhar, se não gosta de futebol é maricas, se é homossexual é maricas e é doente, se bate na mulher é porque é corno, ou noutra versão ainda mais abrangente, porque ela é uma vaca e mais não digo pois o meu tempo e a sua paciência são limitados, tantos seriam os exemplos.
Lado a lado, nos transportes públicos, nos cafés, nas repartições, cinemas, lares, onde quer que seja, pessoas de todas as raças, sexos e géneros partilham informação que interiorizam e analisam de forma diferente segundo os seus parâmetros de avaliação, que variam com a experiência, cultura e sensibilidade que cada uma transporta como bagagem pessoal. Por isso o mesmo fenómeno terá explicações diferentes e motivará reacções também diversas. Mas há uma mediana nesse tipo de reacções que é como um comportamento "mainstream" , que é assente em bases medíocres ( tanto a nível cultural, como académico e até humano), que leva à rejeição do que é novo, à desconfiança, ao desprezo e até ao ataque, por vezes físico e violento contra o que não se compreende. Contudo, muita desta arrogância parte não da valorização do "eu", mas antes pelo contrário da constatação das próprias limitações e do medo do enfrentar de desafios. Por isso a lambebotice, por isso a aceitação da escravidão, por isso o perpétuo manter de velhos dogmas, por isso a fossilização desta pseudo-elite medíocre e corrupta nos diversos poderes, que vive não das suas capacidades, mas do aproveitar das nossas fraquezas. As minorias, os que pensam diferente, são olhados como fenómenos anormais e etiquetados entre o ridículo ou a ameaça. Tudo o resto é espectáculo, nesta sociedade onde se valoriza mais o ter do que o ser, onde o sucesso é a meta, e está à venda em qualquer quiosque nas revistas de sociedade, ou nas casas sem segredos de qualquer programa reles de televisão.
O Paraíso, afinal, já não mora aqui