quarta-feira, janeiro 03, 2007

AFUNDAR LEIRIA



Continua a saga da nossa Isabel que não tem nada de santa, e que, com denodo e perseverança, com o beneplácito duma população adormecida, duma imprensa comprometida e da fraca oposição que lhe é feita pelo maior partido da dita, vai descaracterizando e irremediàvelmente comprometendo a imagem da nossa cidade, e tornando a vida de qum nela habita um difícil exercício, tanto a nível económico, como na aceitação das opções na minha opinião de franco mau gosto, mas no mínimo discutíveis, que tomou sem dar conta disso a ninguém ( entende-se por ninguém aqueles a quem supostamente a senhora representa: os Leirienses. Dirão alguns que ela tem toda a legitimidade para isso. Mas a verdade, é que nas grandes cidades da Europa, que divergem curiosamente a nível de opções relativamente à nossa querida Câmara, as populaç~es são frequentemente ouvidas e não lhes são impingidas obras estruturais sem consulta prévia.

Todo este paleio porquê?

Não é já segredo, que este executivo PSD/CDS pretende, com o apoio do PS, e ignorando a violação do PDM ( que importa isso se o negócio for chorudo, não é?), construir um Mega Centro Comercial - área total de intervenção mais de 195000m2 - o que levou o BE na Assembleia Municipal a apresentar um requerimento tentando impedir a votação da autorização de concurso de projectos por ser ilegal ( facto que o Diário de Leiria convenientemente e como é hábito ocultou), dado que o PDM prevê para o espaço destinado - desde o Estádio até ao Mercado ) apenas equipamentos "de interesse colectivo" (cultural desportivo, etc ) e não a construcção de áreas comerciais, como é o que se pretende.

Questiono desde já a bondade do projecto antes de entrar na parte legal do assunto: porquê esta embirração por um centro comercial mega ou não? Para a requalificação daquele espaço não há mais ideia nenhuma? É tão importante assim? Porque é que não se pensam outras soluções? Será que um espaço comercial de grandes dimensões não irá afectar desfavoravelmente todo o pequeno comércio da cidade, nomeadamente no Centro Histórico e artérias limítrofes? Será que ao trazer um mamarracho de tais dimensões para dentro da cidade não se vai aumentar consideravel e desnecessariamente o número ( já de si elevado dada a falta de transporte alternativo das áreas limítrofes para a cidade) de automóveis circulantes em Leiria, com as inevitáveis consequencias a nível ambiental e no transito?

São muitas os ses que me levam a dizer não a esta ( mais uma ) ideia megalómana e que além de não beneficiar em nada Leiria tenta remediar e ocultar o erro que foi a construcção do Estádio. Só que ainda o vai tornar mais visível e agravá-lo, tanto a nível económico como de impacto paisagístico.

Redfish

16 comentários:

Anónimo disse...

A Moda dos hiper mega ri -fixe pegou, já não bastava a sonsa da Floribela, temos agora também uma que de sonsa não tem nada, faltam os necessários atributos estéticos de quem a idade não perdoa mas fica aquele olhar dondoca, simpático e Damasceno.


Em política ou nas novas formas de fazer política, descobriu-se uma nova ferramenta a INEVITABILIDADE. A solução sem solução, as formas únicas que mais não são do que a estupidificação em Massa, por falsos iluminismos de quem se julga divinamente Iluminado.

O combate das democracias modernas começa a ficar condicionado na aquilo que é a sua génese, o debate - o fórum. Se no actual sistema político não há lugar para o debate e discussão pública das decisões e não das especulações, a Democracia torna-se refém da ditadura das Campanhas Eleitorais, e a diferença facilmente se torna indiferença e o exercício de poder o arrogante manifesto disso mesmo.

Anónimo disse...

Se tivermos em conta que todos os centros comerciais da cidade estão falidos (excepto, salvo erro, o Maringá), é fácil perceber que o objectivo dessas construções nada tem que ver com o comércio. Trata-se do explorar até ao osso a opção do crescimento à custa do mercado interno (a "visão" dos nossos empresários não dá para mais), usando o "pato bravo" como linha avançada. O caracter pouco democrático do nosso poder autárquico, facilita a manobra. Depois... daqui a uns anos teremos mais uma zona falida, desertificada, e estaremos a discutir a sua demolição para voltar a erguer outra coisa qualquer. Está, assim, garantido o mercado para as "obras".

Anónimo disse...

Se tivermos em conta que todos os centros comerciais da cidade estão falidos (excepto, salvo erro, o Maringá), é fácil perceber que o objectivo dessas construções nada tem que ver com o comércio. Trata-se do explorar até ao osso a opção do crescimento à custa do mercado interno, usando o "pato bravo" como linha avançada. O caracter pouco democrático do nosso poder autárquico, facilita a manobra. Depois... daqui a uns anos teremos mais uma zona falida, desertificada, e estaremos a discutir a sua demolição para voltar a erguer outra coisa qualquer. Está, assim, garantido o mercado para as "obras".

Anónimo disse...

Ora aí está mais um fantástico exemplo da mentalidadezinha da esquerda do nosso burgo que come tremoços e quer arrotar caviar.
Então um centro comercial não é interesse colectivo? Não é um espaço de lazer?
E qual é a sua proposta em concreto para aquela zona, Senhor Redfish? Se é que o senhor e o seu partido já pensaram nisso!

Anónimo disse...

"Ora aí está mais um fantástico exemplo da mentalidadezinha da esquerda do nosso burgo que come tremoços e quer arrotar caviar.
Então um centro comercial não é interesse colectivo? Não é um espaço de lazer?
E qual é a sua proposta em concreto para aquela zona, Senhor (José Peixoto, candidato do BE à Câmara Municipal) Redfish? Se é que o senhor e o seu partido já pensaram nisso!"
Faço minhas as palavras do comentador anterior, acrescentadas apenas do que fica entre parêntesis.
Já agora, e como as boas ideias não abundam e as outras não prestam (de tão requentadas), sugeria apenas que não dessem erros de Português...

Anónimo disse...

Que a Santa Ignorância beatifique o manifesto e incapaz exercício de inteligência, pois a carneirada não é mais do que isso mesmo.

Do ponto de vista urbanístico qualquer construção que se faça no eixo estádio – rotunda, será sempre interpretado como um divórcio entre o rio e a cidade, pois constrói-se separando-se a margem do rio do resto da cidade, deitando por terra qualquer esforço de requalificação das margens do rio. Aquele espaço pretende-se que fique amplo, para que a cidade possa contemplar o rio, usufruindo dele. Nessa perspectiva a única forma de manter aquele espaço aberto, é colocar infra-estruturas de lazer e desporto que não exijam construção civil, em altura, ou colocação de monos com volumetria exagerada.

“E isto até o Gervásio percebe”… aquele do Ecoponto, que não arrota caviar nem come tremoços, apenas sabe comer a banana e usa para o efeito o orifício certo…

Anónimo disse...

Ora ora...pensava que o Leiriense interessado iria dizer que a esquerda do nosso burgo come caviar e arrota tremoços...tinha ficado mais de acordo com a sua linha de pensamento se é que alguma linha tem....a única forma de aproveitar o espaço junto ao rio é fazer lá um Centro Comercial? será que passeando pelos Centros Comerciais da nossa terra não vê as lojas a fechar todos os meses? será que Leiria não merece ter um parque com campos de jogos e circuito de manutenção? quanto ao estádio fica como monumento à estupidez da autarquia...em todo o caso esta autarquia não quer nada com o verde...basta ver o centro de Leiria todo empredado....quando podiam ter feito a opção por aumentar o diminuto jardim da cidade, foram iluminados por uma brilhante ideia...tão brilhante que só podia sair dos cérebros dos nosso "querídissimos" PSD's...empedrar tudo, assim como assim a longo prazo tem menos manutenção....mas para dar alguma graça à obra desgraçada, resolveram colocar umas barras horizontais noutro tom que dão origem a constante dúvidas de automobilistas e peões acerca da sua utilização..é que se confundem facilmente com passagens de peões...
Há que apostar menos na sociedade de consumo e apostar mais na qualidade de vida...
uma cidadã do burgo que não gosta nem de caviar nem de tremoços

Anónimo disse...

Para o senhor anónimo,apenas uma pequena observação....os erros de português são dados por alguns intrusos desconhecidos que por aqui andam mas a quem nunca deverá ser vedada a entrada...afinal este país é feito de pessoas letradas e iletradas e gostaríamos de obter comentários de todo o género de pessoas....apenas dispensamos os comentários de gente que alegando serem as nosas ideias requentadas, mostram um completo vazio delas como é o seu caso!

Anónimo disse...

só mais uma coisa.....na intervenção anterior era nossas que queria escrever...apenas me falhou o dedinho....é só para esclarecer o linguista

Anónimo disse...

Um centro comercial é um lugar de lazer?
Se em vez de um centro comercial se fizesse um local para ouvir musica—lembram-se ainda dos "Coretos"?- com uns bancos e um jardim? Seria um local de interesse privado e de rentabilidade económica?
E se se realizassem obras para que ali se podessem fazer exercicios fisicos?

Anónimo disse...

no PDM em vigor, aprovado em 1995 diz "Artigo 52.°

Áreas de equipamento

1—As áreas de equipamento são destinadas exclusivamente à instalação de equipamentos de interesse público e utilização colectiva.

2—Os projectos de equipamentos devem ser acompanhados por um estudo de conjunto de integração urbana. devendo ser previsto estacionamento público com capacidade adequada aos usos previstos.

3—Nas áreas de equipamentos observar-se-á um regime transitório, que antecederá a sua utilização para o uso público e que consiste em não permitir:

a) A execução de quaisquer edificações;

b) A destruição do solo vivo e do coberto vegetal;

c) Alterações à topografia do solo;

d) O derrube de quaisquer árvores;

e) A descarga de entulho e lixos de qualquer tipo.

4—Os edifícios de valor patrimonial integrados nas zonas de equipamento deverão ser conservados, recuperados ou remodelados e conter eventualmente usos comerciais e turísticos. se tal não se mostrar incompatível com a sua futura utilização como equipamento.
Estamos entendidos? Mais grave ainda é que numa zona de urbanização tão grande com a que é prevista, quasi 200.000m2, se tente avançar para o Mega Centro ( porque o campo de futebol nos leva só em despesas correntes mais de mil e quinhentos contos diários!!!) -ilegal- e não se ponha a concurso nacional ou internacional, como fazem muitas cidades europeias e não só, o que fazer daquele local? Construir o quê, e para quê? Servir os Belmiros, Amorins e companhia ou a população?
Não era isto que se devis discutir antes?

Continuo xatiado

Anónimo disse...

"Quem nasceu para lagartixa nunca chegará a jacaré"...
É bem verdade isto! As 'barras' que tanto confundem 'rendinhas e bordados' são mesmo passagens para peões! Daaaahh!
Quanto ao resto... são curiosas as acusações, digiridas a terceiros, de falta de ideias, vindas de quem não tem uma única para além dos chavões habituais de uma esquerda bafienta e pseudo-moderna, tão fundamentalista como qualquer fundamentalismo religioso.
Façam-nos um favor: não abram as vossas janelas, porque corremos o risco de intoxicação pelo bafio...

Anónimo disse...

A ambição de ser grande… ou simplesmente a arrogância de quem pelo poder faz a força. Assim se pode resumir a mente de tão sinistro animal anónimo que mais não é que um jacaré sem nome, mergulhado num pântano de ignorância.

A pequenez da lagartixa solarenga tanto tormento e irritação provoca em imponente criatura, talvez as janelas tenham que continuar abertas, para que delas saiam e continuem a sair ideias de interesse e sem “interesses”, na preservação do primado da liberdade, fraternidade e igualdade.

Estranho é que não tenha contestado a aberração que é do ponto de vista urbanístico separar a margem do rio do resto da cidade. Pois aquilo que hoje se contesta é a criação de uma artificialidade aberrante entre a baixa da cidade e o rio. Que o bom senso impere e que de uma vez por todas se conteste veemente a colocação de o que quer que seja entre o castelo e o rio, pois não será certamente palas ondulatórias desenvolvidas pelo Arquitecto Tomás Taveira no estádio de Leiria, que servirá de exemplo à nova forma da cidade observar o Rio e o Castelo.

Não há nenhum arquitecto em Leiria que honestamente defenda a colocação de colossos e/ ou construções faraónicas, com palas ou sem palas ondulatórias para aquela zona da cidade.

Anónimo disse...

Caríssimo "Jacaré",

Após informação prestada pelas forças da ordem, informo-o de que está enganado...não são passagens de peões....as passagens de peões obedecem a uma largura e a um espaçamento determinados não compatíveis com os efeitos decorativos daquela parte da cidade!

As ideias de aproveitamento dos espaços na margem do rio e junto ao Luís de Camões foram já apresentadas, lamento que para si o conceito de modernidade não bafienta tenha a ver com mais centros comerciais..continuamos à espera de uma intervenção sua com pés e cabeça que não seja unica e exclusivamente para criticar as ideias alheias...não consegue ter nem uma ideia pequenina que seja?

Anónimo disse...

Referendo

O referendo à despenalização do aborto vai-se realizar no dia 11 de Fevereiro, esperamos que todos marquem presença no Domingo em Aveiro, pelas 15.00 no Centro de Exposições.
A democracia só se faz com participação, não votar é aceitar que a tua opinião não interessa. Não participar é aceitar que a perseguição possa um dia bater à tua porta. É votar no conservadorismo que impõe estas injustiças!

Leiria em Cuecas disse...

Esta bafienta janela está e continuará a estar aberta, e se não me engano, ninguém é obrigado a entrar, assim como ninguém é posto daqui para fora ( o que deve para os incomodados criaturos ser de somenos importância) por defender modernidades ou outras coisas que tais, como essa modernice pacóvia de ir passear ao domingo com a namorada para o centro comercial, aliás promovido a espaço de lazer pelo sr. Lacoste.
Para terminar, apenas quero deixar expresso que aqui não se dão nem vendem erros, escrevemos e ficamos nós com eles, mas em contrapartida há quem se arme em eurudito e só escreva disparates.
Lá calha

e vai daí me despeço com votos de voltem sempre.

Redfish