domingo, outubro 21, 2007

A Consciência dos Obstetras do nosso Hospital!


Dezoito(18) dos dezanove (19) obstetras do hospital de leiria, por questões de
consciência, recusam-se a fazer interrupções voluntárias de gravidez!

Ficamos felizes por tal consciência, tanto mais que temos a certeza que exercem a sua

profissão com o máxima dedicação ao seu serviço hospitalar e no interesse dos seus doentes.

7 comentários:

Anónimo disse...

A consciência obriga...
Seria interessante saber-se publicamente os nomes, para que de futuro se verifica-se que tão prodigiosas mentes, arautos dos bons costumes, jamais e sobre qualquer circunstância, efectuassem aquilo que nos hospitais públicos condenam. Será que nas clínicas privadas que detém alvará para o fazer não encontraremos alguns destes bons rapazes... Ou será que continuaram a trabalhar sem recibo, pois claro para poupar o IVA ao desgraçado do contribuinte, tamanho sigilo não se justificaria se não desse jeito ao desgraçado do Zé da Horta.

A realidade é que grande parte dos médicos em exercicio são e sentem-se uma verdadeiras prima donas, um misto de Lili Caneças com Belmiro de Azevedo, onde se mistura porcamente, a vontade de fazer dinheiro com a altivez pública de quem se sente acima dos outros.

O que se passa no nosso sistema de saúde é uma vergonha nacional, liderada por uma ordem que chantagia sistematicamente todo e qualquer governo, pois sabem que perante tamanho défice de recursos, um vedadeiro bloqueio corporativo, causaria um verdadeiro caos no sistema.

A mistura dos recurso públicos com os privados, as consultas no privado para recursos públicos, a impúne vergonha de quem paga para poder ser atendido já, a vergonha de quem teso só resta morrer esperando.

A esmagadora maioria de objectores de consciência é a verdadeira revelação da mesma, que nunca tiveram, os médicos de beneméritos João Semana, facilmente se transformaram em filantropos da nossa sociedade. No distrito lideram clínicas, colégios, grupos financeiros, etc... Haja consciência, ou vai ela por aí perdida.
De Hipocrates a Hipocritas...sinais do tempo

Leiria em Cuecas disse...

Mas que cá em Leiria eles se fazem... ai isso fazem, que bem se sabe!!!

Anónimo disse...

Estou triste. Mesmo muito!Paciência.
Após o post e os comentários, não haverá, respectivamente, autoridade moral neste blogue para se falar dos métodos utilizados para a acusação de Saddam e para o seu enforcamento!
Vossas Exª. utilizaram, sem o saberem, estou certo, a mesma metodologia. Foi pena.
E os moinhos de vento continuam a ser tema para serem falados, enquanto os verdadeiros problemas ficam no tinteiro.
O ataque actual e a desactivação de estruturas vitais do SNS, apenas têm sido e estão a ser possíveis graças a atitudes destas. Parabéns e quando adoecerem façam o favor de serem coerentes - vão à bruxa!

Leiria em Cuecas disse...

Aprecio sempre essa tendência corporativa que se manifesta quando se lhes toca num pêlo!
Não confundamos competência técnica com o que aqui foi falado.
Nem sequer se permitam generalizações. Eu estive em debates durante a campanha pela despenalização da IVG em que uma profissional da saúde, médica obstetra,que deu a cara pelo não, se manifestou contra o uso do preservativo como método anti-conceptivo. Sei que 80% dos colegas não partilham da opinião. Mas poucos serão os que a confrontam. Porquê?

Anónimo disse...

Nunca em nenhuma circunstância o post enviado servirá de generalização para uma classe, onde felizmente ainda há muitos e bons profissionais. Contudo, terá que ser obrigatoriamente levantada a questão em duas vertentes óbvias e distintas, uma que se prende com a alteração do pragmatismo funcional do SNS e das lógicas neoliberais que estão a ser introduzidas. Uma outra vertente de discussão, diga-se totalmente distinta, é a plastecidade com que a classe médica de adapta às alterações propostas, sendo de todo interessante verificar que acabam por ser os próprios médicos em conjunto com os grande grupos financeiros a beneficiar das alterações.

Quando se muda o regime um médico irá ser mais bem remunerado ou não?

Quem lidera as grande clínicas de Leiria, e a nível nacional?

Quem lidera as grandes casas de saúde e repouso que estão e vão ser criadas?

Os grande colégios privados do distrito são liderados por quem?

Que a aparente indignação não passe simplesmente de alguém que individualmente generalizou particularidades do sistema que têm também que ser discutidos.

Se assim não for, perfiro ir à bruxa, afinal não é isso que ultimamente temos todos feito...

nota final: aconselha-se vivamente que o cidadão comum consulte a estrutura de investimentos e participações sociais da Associação Nacional de Farmácias, só assim se poderá vislumbrar o que verdadeiramente podemos aspirar quando se altera o SNS e as lógicas beneficiárias.

Anónimo disse...

Para se evitar as "publicas virtudes e os vícios privados" o primeiro passo que temos que dar é acabar com a promiscuidade do publico e do privado :

Ou se opta pelo público ou pelo privado; os dois ao mesmo tempo é que não.
E pague-se bem ao que serve na carreira pública.

Todos vamos ganhar com esta alteração que, porque será ?, a grande maioria dos médicos não quer.

João Semana

Leiria em Cuecas disse...

À Bruxa não digo, mas tendo em conta o que Snowmass disse sobre
o novo e caríssimo santuário de Fátima, talvez a uma consulta da Virgem!!!