Não foi um mar... foi um oceano de gente, na sua quase totalidade professores, vindos de todo o país, para, uma vez mais, mostrarem a sua indignação, pela forma como o Ministério da Educação, nomeadamente a Ministra Maria de Lurdes Rodrigues, e o governo de José Sócrates têm olhado para o Ensino.
Desta manifestação, podemos tirar algumas ilações:
1- Só se for completamente cega ( polìticamente falando) a ministra não levará em conta a enormidade do protesto, não podendo continuar a esconder-se em bravatas e numa postura arrogante, que é, por si só, uma das razões que levam a que os protestos tenham a dimensão que têm.
2- Não basta aos professores, se querem lutar pela dignidade das suas carreiras e terem sucesso no seu combate, ficarem-se por protestos, mesmo que de extraordinária dimensão, como foi este. Têm que conquistar para o seu lado outros sectores da vida portuguesa que ainda não compreendem as razões do protesto, e que os têm acusado de apenas olharem para o seu umbigo, numa visão corporativista e interesseira. Essa atitude pedagógica é necessária, pois mesmo entre os próprios, há quem não tenha assimilado que está muito mais em jogo do que o estatuto de carreiras ou as avaliações, que sendo razão fortes de protesto, fazem parte de políticas, que estão a pôr em causa a qualidade e a viabilidade do Ensino Público em Portugal.
3- No meio da manifestação, um cartaz chamou-me negativamente a atenção: "se isto é democracia, então volta, Salazar". Não há pachorra para esta gente. Era só um no meio de milhares, mas mesmo assim serve para demonstrar que ainda há muito a fazer para evitar que, em muitas escolas, o 25 de Abril e a Democracia, sejam menorizados por quem tem a responsabilidade na educação de crianças.
1 comentário:
vai adecaindo, adecaindo, adecaindo... Em bom português.
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