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quarta-feira, setembro 21, 2005
Raul Castro.."o Maior"!
Pondo de parte a influência dos raios Damascenos no comportamento das Margaridas e a tal rotunda que faz lembrar uma cama de faquir...reparei ontem num pormenor, enquanto admirava o porte atlético do candidato Raúl Castro...então não é que no cartaz de corpo inteiro desse deus grego, está escrito: projecto, rigor convicção.....o pormenor interessante é que as letras aumentam de tamanho de forma directamente proporcional à dimnuição de importância que têm, ou seja, projecto (letras mais pequenas), rigor (um pouco maiores) e finalmente a palavra chave do cartaz CONVICÇÃO...eu compreendo que se há coisa que os socialistas precisam é de convicção, mas ter convicção sem projecto não os vai fazer conquistar aquela pequena aldeia na Gália, digo Portugal, que se mantem com um last season's laranja...absolument démodé...estou certa que a solução é ir buscar a poção mágica um pouco mais à esquerdarau
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5 comentários:
Minha querida Dama, quase que parece um título de uma peça do Lá Féria, pouco releva a sua apreciação sobre a qualidade do porte do Sr. Raúl de Castro, até porque não se percebe a ironia do seu comentário, pois chega ao ponto de o comparar a um deus grego. Arrisca-se a despertar a fúria dos deuses olímpicos. Para mim o certo é que a convicção assenta numa questão de fé e não me parece que a política, ou neste caso em concreto, a candidatura à presidência da câmara seja uma questão de fé, pese embora o facto de estarmos perto do local mais indicados para a concretização de milagres. Bem precisamos de uma coisa dessas, não só Leiria, mas também o País de lés a lés. Voltemos ao candidato de corpo inteiro e ao seu projecto, é evidente que esta candidatura está muito próxima do “seja o que Deus quiser”, donde resulta necessariamente que o projecto é inexistente e o rigor só se for uma questão de fé na igreja católica apostólica romana. Mas então não há separação de poderes, não é o patriarca do PS que se diz laico? Ou seria uma alusão ao hipotético macho da Laica, cadela astronauta que todos conhecemos? Teremos de ler nos astros o que o futuro nos reserva ou encontraremos a resposta nesse tal caldeirão que contém a poção mágica? O futuro trará certamente a resposta, melhor dizendo para ficar em sintonia com o comentário, o futuro a Deus pertence. Digo eu, Deus nos valha!
meu caro colibacilo...a ironia está mesmo no facto de o comparar a um deus grego...get it?quanto ao título, lamento desapontá-lo...mas, hélas, não é da minha autoria....não tenho medo de despertar a fúria dos deuses do Olimpo porque eles perceberam o sentido que eu atribuí à comparação....e olhe que essa piadiha da laica é muito de Deus me livre (risinhos)
Em busca do caldeirão perdido
Não se vislumbra bem qual a direcção a tomar para ir buscar a poção mágica, pensa-se mesmo que o caldeirão estará perdido ( irremediavelmente ) numa dessas bermas de esquerda, porque mais um pouco à esquerda é o despiste, e aí estaremos perdidos e condenados ( não estaremos já ?) a que o céu nos caia em cima, tal qual na Gália. Se calhar seria remédio santo, que o céu nos caia em cima de tal maneira que se tenha que fazer tudo de novo. Não será pela via política que iremos a algum lado. Por mais genuína que a seja origem dos partidos, por mais que as suas intenções sejam melhorar a realidade e o futuro de uma sociedade ou de um País, o empenho um tanto romântico dos seus militantes de base acabará sempre por ser substituído, pelo pragmatismo calculista dos seus quadros. Mas não será aqui que estará o busílis da questão. Quando se atinge determinada importância, o normal é que o político se torne profissional da política. O problema está nas estruturas intermédias e nas bases, quando se relaciona a vantagem política com o facilitismo de integração em empregos nos próprios partidos, autarquias, sindicatos ou empresas públicas controladas pelos respectivos partidos. Exemplos gritantes são as nomeações que tanta tinta têm feito correr no banco do estado. É que neste momento os partidos transformaram-se em modo de vida para quem os controla e constitui. Os interesses partidários nascidos do interesse público, misturam-se com os interesses de carreira dos quadros partidários. A vontade de mudar o mundo transforma-se em vontade de conseguir o melhor emprego, os discursos perdem a substância e enriquecem em demagogia, as eleições perdem o sentido para quem não depende de quem está no poder para ganhar a vida, a política transforma-se num palco em que o cenário se transforma num jogo de intrigas, maledicências e banalidades que pouco ou nada têm a ver com a realidade dos que não estão em cena. Não há caldeirão que nos valha. É a espiral vertiginosa do poder a que ninguém resiste e como dizia César, quando se preparava para passar o Rubicão, "Alea jacta est".
E já diziam os romanos que neste cantinho da peninsula nem se governam nem se deixam governar!!!
Olha para mim a intrometer-me neste encontro de opiniões e como não há duas sem três....!
Eu entre a Dama e a Escherichia Coli prefiro citar Warezog que esclareceu um dia aos seus (poucos)apóstolos: " Se o bar não vem até nós, temos de nós ir ao bar", opinão que fez escola e que se aplica a muitos outros locais ( montanhas, Estádios, Câmaras, sedes de Partidos, supermercados; etc)e a outros filósofos/pensadores ( Maomé, Isaltino tio de Taxista, JP Empadinhas, LF Scolari, FTorres o terror de Amarante, etc e tal). Geralmente a que chega à massa bruta ( não pensante/filosofante), a populaça, vulgo a malta, é isto que eu confirmo já ter ouvido e mais que uma vez sempre que , seguindo as sábias palavras de Warezog num bar me deleito com cerveja, tremoços e paleio com quem fala: " Fizeram um estádio com o dinheiro da Câmara e eu ou não pago o que devo no supermercado e fujo prá montanha ou então vou à sede do Partido vendo-me e pronto o gajo do super começa a oferecer-me as coisas!"
Sr. Bactéria e Dona Dama, eu bem sei que isto é conversa da treta, mas é o que se ouve. E de certeza que bem orientado ninguem se engana, mesmo em Leiria em que se confunde o Estádio com a sede do Partido, a Câmara com a Montanha, Raúl Castro (pelos vistos ) com Maomé e Isabel Damasceno com o dono do supermercado!!! A solução é de facto virar à esquerda, para fujir ao Estádio, outra vez à esquerda para não encontrar o Maomé, um pouco em frente e depois ligeiramente à esquerda evitando a Montanha e estacionar onde a Liberdade estiver a passar. E não esqueçam: tragam um amigo também!
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