terça-feira, julho 24, 2007

Quantas estrelas deve ter um Hospital?


A pergunta é em si mesma tão idiota como a ideia de dar estrelas a hospitais.

Que critérios estarão na base dessa escolha?

Quem define os critérios e classifica os hospitais? Que méritos tem e quem os avalia?

O Hospital Santo André, que classificção obteria, segundo as Doutas opiniões da ERS?

E como seria comparado com outros hospitais de grandeza diferente, como os HUC, ou

o S. João ou o Santa Maria?

Tendo serviços de reconhecida competência ( o de Pediatria, por exemplo) seria o HSA devido à sua dimensão e falta de outras valências penalizado comparativamente com Hospitais de maior porte mas de competência mais questionável?

Ou serão penalizados os profissionais que executam os seus misteres, pela inexistência de estrituras de apoio ( vulgo "serviços"), mesmo sendo profissionais de reconhecida competência?

Os hospitais/clínicas privados também serão "estrelados"?

Que vantagem tem o doente na estrelização do hospital da sua região, se não tem remédio nem outra opção senão servir-se dele?

Quem se atreve a estrelar a ERS?

Quantas estrelas merece o ministro Correia de Campos?

E já agora, estrelamos o Governo, ou deixamo-lo mesmo queimar?



Redfish

quarta-feira, julho 18, 2007

L I S B O A 1

AH! GRANDE P.C.P. !!!


Na noite das eleições de Lisboa, "os camaradas" depois de terem suado as estopinhas para manterem o segundo lugar, e após terem perdido mais  de 2% em relação a 2005, numas eleições que lhe foram favoráveis (quanto maior for a abstenção, mais ganham os partidos "Idosos" e de maior militância) , saíram-se com esta bomba:

"O P.C.P. passou a ser a terceira força politica de Lisboa!"

Na verdade ficaram em quinto lugar, já que à sua frente ficaram o PS, os independentes  ('?)do Carmona, o PSD e os independentes(?) da Roseta....mas o que é curioso é que

em 2005, nas eleições autárquicas de Lisboa, aí sim FICARAM EM TERCEIRO LUGAR!

Adulterando o que  dizia o poeta e cantor, que nada tinha a ver com eles " O que faz falta é aldrabar a malta, o que ...." 

Mordaki

Paraiso dos Alegres

Irrito-me, solenemente, sempre que passo pela casa onde, numa tabuleta, está esplendorosamente emoldurada a frase "Paraiso dos Alegres" e fico sempre a pensar o mesmo _ que raio pode haver um paraíso sem ser alegre?_

Veio-me isto á ideia, porque ouvi o Francisco Louçã a dizer, na noite das eleições de Lisboa "nós, socialistas de esquerda".....

Louçã, Louçã, para onde vais tu? 

Será que haverá um socialismo de direita?

mordaki

domingo, julho 15, 2007

Zé Brito

Ao Zé Brito


Por conseguinte

Eras artista
Assim a dar para o literato
Eras bom copo e bom prato
Por conseguinte
Um tanto surrealista

Eras poeta
Vivias nas fantasias
Porque tu é que sabias
Por conseguinte
Marimbavas nesta treta

Por conseguinte
Foste andando
Foste a vinte
E aposto conseguiste
A Poesia alcançar
Por conseguinte
Sabemos que não paraste
Nem o caminho perguntaste
Já sabias lá chegar

Imaginavas
Que eras revolucionário
Assim pró contestatário
Por conseguinte
Por vezes desatinavas

E até cantavas
Destemido cantador
Baladeiro sonhador
Por conseguinte
Mesmo se desafinavas

E questionavas
Sobre tudo curioso
Perguntador furioso
Por conseguinte
Às vezes até fartavas

Mas cá a malta
Sabe bem que eras amigo
Estava-se bem contigo
Por conseguinte
Sentimos a tua falta.


David Teles

terça-feira, julho 10, 2007


Esta é curta! Curta e grossa!

A Democracia tem destas coisas, quem está atento sabe do que falo, mas vale bem a pena relembrar.

A Democracia permite que os seus inimigos declarados se aproveitem das suas virtudes para a denegrir. O caso mais recente é o do líder do PNR que se converteu à democracia por uns dias e concorre à câmara de Lisboa como qualquer democrata de longa data. Defeito da Democracia, dirão uns! Eu digo, não, ele é que é um escroque, um excremento da sociedade, como há outros casos que sendo excepção não mancham, antes enaltecem, as virtudes da Democracia.

Que não é um sistema perfeito, já o sabemos, já muitos o disseram e outros ainda o confirmarão daqui a muitos anos, espero!

Nós temos um exemplo espectacular, aqui em Leiria.

Isabel Damasceno é uma representante do povo de Leiria. Foi eleita democraticamente, em eleições democráticas, em que, com ela e o seu partido concorreram, não em pé de igualdade, é certo, (nisso a nossa democracia é mesmo imperfeita em demasia), mas de uma forma democrática tambem, outros partidos, outras pessoas, que também garantiram os seus apoios populares, e conseguiram ter também os seus eleitos.

Isabel Damasceno foi eleita Presidente daCâmara, não é dona de Leiria. Tem maus hábitos por falta de cultura Democrática, isso é culpa dela, e por falta de oposição decente ao longo dos seus mandatos. É um facto.

Ao derramar o seu fel anti-democrático sobre o Bloco de Esquerda, Iasbel faz um dos maiores elogios que podem ser feitos a quem se bate pela Democracia, pela Transparência e pela Solidariedade. De facto o BE não é deste filme. Não tem nada a ver com Isabel Damasceno.

Tem sim, muito que dar ao povo de Leiria, tem muito a ver com os ideais do 25 de Abril, que é de todos os portugueses e não da senhora engenheira e amigos, sòmente. Aliás pelo comportamento autoritário e sectário, demonstra ter muitíssimo pouco a ver com ele.

Registe-se o papel extraordinário do PS de Leiria, ao votar também contra o ponto de ordem apresentado pelo BE na A. M. ( igualmente apresentado em Alcobaça e na Marinha Grande e votados por unaminidade). Com esta oposição D. Isabel dá-se bem, efectivamente.

Estádios e grandes centros comerciais hão-de recordar aos vindouros o seu reinado.

Democràticamente falando, Isabel Damasceno não presta para nada!

Claro que, também democràticamente falando, há gente com gostos para tudo.

Eu escolho os do 25 de Abril!


Redfish

terça-feira, julho 03, 2007

Memorial-II

Duas Igrejas, Paredes, 27 Junho de 2007, 16.00 horas

Noticia a agência Lusa que dois operários morreram em Duas Igrejas, Paredes, pelas 16.00 Lutohoras, quando trabalhavam na manutenção da rede de saneamento, após terem entrado numa conduta. As razões do evento são desconhecidas! Não admira!

Tinham cerca de 40 anos de idade e trabalhavam para a empresa Águas de Paredes, S.A., que gere as águas residuais do concelho de Paredes.

Hoje, em Amarante, três trabalhadores da construção civil ficaram feridos por queda do andaime da obra onde trabalhavam. Podia ter sido pior ...

Nos primeiros cinco meses deste ano a Inspecção Geral de Trabalho já notificou 56 vítimas mortais por acidentes de trabalho.

Trabalhar mata.

Num país em que os dirigentes políticos só falam de "flexisegurança", onde está a segurança?

Posted: Wednesday, June 27, 2007 10:29 PM por Snowmass

Sá Fernandes


Os assessores de Sá Fernandes

 

Muito se tem por aí dito sobre os assessores do Vereador José Sá Fernandes. Nada melhor que esclarecer bem tudo, cêntimo a cêntimo.
Quando o Vereador Sá Fernandes foi eleito e porque se sabia do despesismo da CML com assessores, realizou-se, a pedido deste, uma reunião com o Presidente da CML, para se propor um critério único de assessorias para todos os partidos.
O gabinete de José Sá Fernandes apresentou uma proposta concreta afirmando que tinha de haver um critério único que controlasse a invasão de assessores na CML.

Foi feita a seguinte proposta: cada partido, para preparar as reuniões de câmara e desenvolver o seu trabalho político de defesa dos lisboetas teria de ter igualdade das seguintes assessorias: um coordenador do gabinete; um jurista; um urbanista; um economista e um especialista em comunicação.

Este era um número que seria atribuído a todos os partidos representados; além disso, por razão de maior trabalho e proporcionalidade acrescentar-se-ia um assessor por cada vereador que cada partido tivesse. Esta proposta foi aceite nessa reunião.

Assim, o gabinete do Vereador José Sá Fernandes teve direito a admitir 5 assessores, mais um pois tinha apenas um vereador; ou seja seis assessores no total. O CDS/PP teria também 6 assessores, o PCP 7, o PS 10 e o PSD 13.

O que propusemos foi um critério rigoroso para não existirem centenas de assessores, tal como actualmente acontece.

O Bloco de Esquerda e o Vereador José Sá Fernandes cumpriram rigorosamente o acertado nessa reunião.

O Bloco de Esquerda teve 6 assessorias sendo que 3 destas assessorias estavam divididas em part-time, pelo que assim se chega ao número de 9 pessoas em seis assessorias.

Quanto aos vencimentos propusemos que o regime de contratação fosse a termo certo, contudo foi deliberado que teriam de ser celebrados contratos a recibo verde.

Quanto ganharam então os assessores de José Sá Fernandes? Várias são as notícias sobre os vencimentos dos assessores de José Sá Fernandes. Nada como fazer as contas da verdade.

Quanto aos valores auferidos por cada assessor: sabendo que estes recebem a recibo verde, descontando 20% para o IRS, têm de pagar a totalidade da Segurança Social, em cerca de 30%, e apenas recebem 12 meses em vez de 14 meses ao ano, resulta que os assessores a tempo inteiro receberam, líquido, 1.071,43 Euros/mês.

Os assessores a meio tempo receberam líquido, 642,90 Euros/mês. Estamos a falar de pessoas com experiência e com formação universitária. É de realçar que todos estes assessores tiveram ainda de suportar o pagamento do seguro de acidentes de trabalho, para estarem seguros na sua actividade, tal como sucede no caso de qualquer outro trabalhador da CML.

A juntar a estes assessores, o Presidente da CML informou que o gabinete do vereador tinha direito, tal como todos os outros gabinetes, a dois funcionários para as funções de secretariado. Estes dois funcionários a tempo inteiro e também em regime de recibos verdes receberam, em valores líquidos, 857,14 Euros/mês. Estes são os factos.

No entanto, não consta que tenha sido cumprido pelas outras forças políticas o critério que o Gabinete do Vereador José Sá Fernandes cumpriu na íntegra. Nem o gabinete do Vereador José Sá Fernandes tinha nenhum assessor a meio tempo a receber ilíquido e a recibo verde cerca de 4600 Euros/mês como foi o caso de outros gabinetes.

Também não há comparação possível entre o que se passou no gabinete de José Sá Fernandes e, por exemplo, o gabinete da presidência, onde existiam cerca de duzentos assessores.

A proposta do Vereador José Sá Fernandes para a próxima vereação é que seja deliberado em reunião da Câmara Municipal de Lisboa um critério único de assessorias e que este seja escrupulosamente cumprido. Só deste modo se conseguirá combater o desperdício e a quantidade enorme de assessores que pululam pelos gabinetes da CML.

Carlos Marques