segunda-feira, abril 14, 2008

Leiria: Já chegámos à Madeira? ....estamos quase...

Eu juro que não era o que eu queria, mas tem de ser. Ontem usei o surrealismo de Mário Henrique Leiria para criticar a nossa triste realidade cultural e cívica, mas não é que a danada se vinga e ataca,
sendo muito mais surrealista do que qualquer texto pode ser.
Alberto João Jardim é um dos meus ícones. Há muitos anos que tenho uma não secreta inclinação pelo homem. Tem servido de exemplo perante a minha descendência e amigos, do que não devem ser quando crescerem. É um favor que nunca lhe poderei pagar, e ainda bem, porque à nossa custa tem-se ele governado e muito, não precisa de mais.
No exercício do poder que lhe foi conferido e legitimado pelo voto - o que torna tudo ainda mais tenebroso e demonstrativo de que, sem uma revolução urgente ao nível das mentalidades, uma aposta clara na formação cultural , moral e cívica, o 25 de Abril que brevemente se irá comemorar (na Madeira parece que o Alberto João não alinha muito nisso!!), vai-se tornando cada vez mais uma hipótese de revolução, que muito prometeu e muito deixou por fazer, onde as vitórias eleitorais de personagens como Fátima Felgueiras, Isaltino de Morais e quejandos se tornam banais, em vez de casos de repulsa e indignação, aberrações inadmissíveis num regime que sem ser perfeito, pode ser assumido e vivido com dignidade e elevação - o Grande Térmita Alberto, tem-se distinguido pelo "discurso cuidado e respeitador" com que mimoseia adversários, ilhéus ou continentais, e pela pose de amigo da farra e da pinga com que conquista o coração das suas gentes. Diz-se que fez obra, eu acredito, "obrou", portanto, e isso servirá de atenuante para todas as diatribes que fez e que continua a fazer. Hoje foi com a Assembleia da Madeira e com o Presidente Cavaco, que demonstrou também o que eu já suspeitava, que não vale um cavaco e se agacha perante a perpotência do sujeito.
A própria Assembleia Regional sai muito mal na fotografia, quando os partidos que a compõem ( com a honrosa excepção do BE-Madeira) aceitam participar num jantar com o Grande Térmita e o sr. Silva de boa memória.
No telejornal da RTP 1, o "ainda denominado" socialista António Vitorino, pegando ao colo no também penso que ainda socialista Jaime Gama, achou o caso "perfeitamente normal", normalíssimo digo eu, que sou um peixinho, apenas um peixinho pequenino e naif, e pasmo com as cambalhotas destes senhores todos, coro de vergonha com a falta de vergonha deles e penso que um dia talvez a cambada de tansos que sustenta esta escumalha abra os olhos e eles sejam finalmente postos com dono, bem catalogados e definidos para que nunca mais consigam enganar ninguém!
Aqui fica este lamento, à laia de manifesto, que para que silva de alento é apoiado neste outro, que escreveu o grande Almada, e "uma geração que consente deixar-se representar por um Jardim é uma geração que nunca o foi. É um coio d’indigentes, d’indignos e de cegos, e só pode parir abaixo de zero! Abaixo a geração! Morra o Jardim, morra! Pim



6 comentários:

Anónimo disse...

Fontana dei Trevi

Eu já nem digo nada....acho que não passam de uns aprendizes comparados com outros países...sim...sim...refiro-me a países da Europa civilizada! então não é que os italianos meteram a pata na poça outra vez e elegeram o Berlusconi? como diria o Asterix....estes romanos estão loucos!!!

Anónimo disse...

Parabens pelo que escreveu.De forma clara expressou o sentimento de qualquer cidadão civilizado.Agora a pergunta; que fazer? o regime democrático não permite mais nada senão a critica.O sr Silva, poderá demiti-lo e depois? como portuguesa, sinto-me verdadeiramente violentada.

Anónimo disse...

è perfeitamente inconcebivel o que se vai passando na Madeira,perante o marasmo dos politicos "continentais"; e ainda há tempo para o Cavaco fazer o elogio da obra material (cimento+cimento) e social do dr. jardim!
Social? qual?
A Madeira está entregue aos tubarões da construção e por meios (i)legais de todos conhecidos com um apertado controle informativo.
Já se esqueceram do deficite democrático?
E o Sr Presidente nada diz, ele o mais alto representante da Nação, de um energumeno que apelida os deputados de loucos?
Só para rir ou antes para chorar

Anónimo disse...

Pois é mas vão lá para a Madeira dizer mal do Alberto João e arriscam-se a levar uma murro na tromba. O gajo é mais querido que o santíssimo

Anónimo disse...

Pois o problema é que vivemos num País de cobardes.

Atento

Anónimo disse...

Há gente na Madeira que o confronta e que tem que lá viver todos os dias. São Madeirenses e pagam bem caro o facto de quererem ser cidadãos de corpo inteiro. É a esses, principalmente, que Jaime Gama, o sr. Silva e todos os que se rebaixam perante o "Abominável Bicho da Madeira", devem pedir desculpas, pois as suas atitudes ofendem-nos na sua dignidade e prejudicam a sua justa e desigual luta.

Redfish