quinta-feira, setembro 14, 2006



Passou por cá, alegre e irreverente, denunciou casos de injustiça laboral em frente ao Tribunal de Trabalho de Leiria, de onde partiu rumo à Marinha Grande, onde terminou numa justa homenagem aos heróis do 18 de Janeiro 1934. Pelo caminho a festa, as cantigas, e o apoio de quem os via passar. É a "Marcha pelo Emprego" que desde Braga vem vindo a alertar para o maior problema com que os portugueses se debatem: O desemprego. O nosso distrito não é excepção. Domingo termina em Lisboa. Lá estaremos.

Redfish

10 comentários:

Anónimo disse...

COMENTÀRIOS DO PACHECO PEREIRA NO ABRUPTO

Passo a transcrever uma pérola do Pacheco Pereira e gostava muito de ouvir alguns comentários:

COISAS DA SÁBADO: COM QUE ENTÃO O BE NÃO É A EXTREMA-ESQUERDA?


Uma das gentilezas com que a comunicação social mostra as suas simpatias bloquistas é nunca tratar o BE como uma organização de extrema-esquerda. A UDP, o PSR, e os outros pequenos grupos eram assim tratados no passado, mas depois da fusão-milagre aparecem sempre com uma face mais amável de inovadores do discurso político e “fracturantes” imaginativos. Aquilo é velho como Trotsky e Chomsky, mas resulta sempre.

Louçã desde a sua aventura presidencial, percebeu que o espaço do BE encolheu, e, sempre que se sente apertado, deixa o radical chic (bom, nunca deixa inteiramente como se viu na “cow parade” para os desempregados…) e fala a linguagem pura e dura do anticapitalismo marxista da extrema-esquerda. Foi o que fez na volta do desemprego quando comparou a classe empresarial portuguesa à máfia, e, no seu verbo fácil, se lembrou do Padrinho (ele deve achar os Sopranos muito bushistas e suburbanos):

"Temos o Carrapatoso/Corleone, o Belmiro/Corleone e o Paulo Teixeira/Corleone", que "tal como Corleone fazia aos seus colaboradores, apresentando-lhes propostas que não podiam ser recusadas, sob pena de morte, também os empresários fazem propostas irrecusáveis de rescisões voluntárias aos trabalhadores".
Ora para quem é Corleone, para quem é da máfia, só há uma resposta - se nós levássemos a sério Louçã e o seu BE, o que num acto de bom senso não levamos, titularíamos o seu discurso inflamado, com caixa alta: “Louçã quer prender os empresários portugueses “. Ninguém fará isso, mas que é fiel á letra e ao conteúdo do comício do BE, lá isso é.

Anónimo disse...

Madame, já tinha lido este comentário do PP, acho que o problema não está na catalogação de esquedra ou extrema esquerda, isso são "peanuts" a única verdade aqui lida é que o BE perdeu espaço com a candidatura do Louçã, perdeu o norte, falam de forma diferente e a vozes também elas diferentes de conteúdo, aliás na boa escola dos partidos da fusão.

Anónimo disse...

COSA NOSTRA

Realmente tudo ganha outras características depois das fusões...o que era uma coisa transforma-se noutra, neste caso mais abrangente....certamente nunca me tinha tornado aderente da UDP ou do PSR de per si, mas o Bloco não é, felizmente, só isso.
O tom de escárneo com que o José Pacheco Pereira fala das políticas fracturantes,como se se tratasse de alguma doença contagiosa e não de questões fundamentais da nossa sociedade, constantemente adiadas pelos sucessivos governos.

O que me levou a aderir ao Bloco foram maioritariamente essas políticas fracturantes, a eutanásia (não concordo com o termo suicidio assistido), o aborto, o ambiente, as minorias étnicas, a emigração, enfim, uma série de políticas que conferem dignidade ao ser humano, em que todos temos peso na ordem das coisas e acima de tudo uma sociedade democrática em que ninguém tenha poder suficiente para comprar outro nem ninguém passe necessidades tais que o obriguem a vender-se. Obviamente no mundo globalizado dos nossos dias só existem mesmo duas escolhas....o Estado Liberal ou Social de Direito...entre um e outro fico-me pelo Estado Social, infelizmente o partido socialista está nitidamente a caminhar para o Estado Liberal (já para não falar do PSD que o é só de nome).
Não sei que incómodo é que causa o radical chic do Louçã...provavelmente porque por muitos pergaminhos que o Pacheco Pereira tenha, nunca perderá essa figurinha patética e ridícula a quem qualquer trapinho fica mal...na verdade acho muito bem pensada a comparação da classe empresarial à Máfia, presumo que Pacheco Pereira não saiba o que se passa porque nunca sentiu na pele os seus efeitos...o poder transforma as pessoas e o facto de terem alguém nas mãos que necessita de trabalhar para sobreviver, permite (quase) tudo..as pessoas sujeitam-se...claro...com o desemprego a subir existe sempre alguém mais capacitado e mais submisso para exercer o lugar...nota-se uma diferença abismal entre a altura em que começei a trabalhar, 1982 e a altura em que a minha filha começou a trabalhar....em vez de ganharmos direitos sociais e qualidade no trabalho regredimos de uma forma insustentável...há que pôr termo a isto e se para tal fôr necessário convocar um grupo de "intocáveis" tanto melhor...os mafiosos também se abatem!

Anónimo disse...

Não pretendo entrar em diálogo consigo mas está muito enganado em relação ao artigo do Pacheco Pereira...o que ele quer referir é que embora encapotado sobtre uma aparência mais light o BE continua a ser um partido de extrema esquerda..isso é muito claro no artigo, escusamos de ouvir a sua versão sobre o BE com que já está farto de nos mimar(boceja)

Leiria em Cuecas disse...

O bom do Pacheco Pereira é que deve morrer de saudades do tempo em que ele ( ele mesmo ) era ML dos mais fragateiros e com mais lábia esquerdista. Passou-se para o outro lado com todo a pinta e lá está ele, nitidamente um erro de casting no meio da alarvidade boçal de grande parte da direita visível ( porque a que manda, os que manobram na sombra, a máfia, essa não se expõe ), escrevendo o que lhe pedem, com especial carinho pelo BE, o tal que é de extrema-esquerda, que perdeu espaço com o resultado presidencial do Louçã, e mais coisas do género. Então porque é que o gajo se preocupa tanto com o Bloquinho? Talvez porque sabe que entre o que ele quer e a realidade há uma grande distância. É que a derrota presidencial, e o BE sempre a assumiu com a vitória do Cavaco, foi em termos de votos, e pese toda a divisão de candidatos à esquerda, o 2º melhor resultado de sempre do Bloco. Atento? Atento a quê? À tal comunicação social que nos 2% de espaço que dedica ao Bloco não lhe zurze como os patrões desejam? Mas o senhor atento não refila quando o líder do PRN tem duas página inteiras num jornal cá do Burgo, porque o democrata rapazinho fez uma pausa nas actividades racistas e veio bronzear-se para S. Pedro. O Louçã nem como candidato presidencial teve tal honra em nenhum dos nossos regionais!! Aliás a simpatia foi tão grande que durante a campanha, estando ele em Leiria, nem uma notícia saiu na imprensa regional. Isso é que é simpatia bloquista. Os jornais são todos do Bloco! A Média Capital está nas mãos do GTH! A SIC já não é do Balsemão e Cia. É do Fernando Rosas e só passa notícias da comissão de trabalhadores da Auto-Europa e do Chora! Quem faz os editoriais do Público já não é o J.M. Fernandes, é a minha filha mais nova, e só falam lá do acampamento para jovens que o Bloco organizou. Assim como a RTP, completamente Bloquistizada! è só ver a quantidade de notícias sobre a Universidade de Verão do Bloco, com todas aquelas entrevistas aos principais líderes da esquerda europeia, e os noticiários só a passarem as propostas do Bloco na AR!! Vejam lá que já lá nem fala o Marcelo aos Domingos! Agora é o Luís Fazenda e todos os dias!!
Querida Dama, esta gente está toda marada! Nós é que defendemos a legalização das drogas leves e eles é que andam todos pedrados!
Até mais ver!

Redfish

Anónimo disse...

SAP a MORTE ANUNCIADA

E pronto...mais um Serviço de Atendimento Permanente (SAP) fecha...atendimento permanente é como quem diz...toda a gente sabe que o SAP fecha, ou fechava às 20.00 horas....agora quem necessitar de recorrer ao serviço tem apenas o hospital que já de si está sempre hiper congestionado nas urgências....pode contar com nada menos que 5 horas de espera se não triagem chegarem à conclusão que não está a morrer! esta merece um comentário do peixinho vermelho já que se trata de um aquário já velho conhecido para ele!

milhafre disse...

Caríssimos..
Porque definitivamente é altura de tratar os bois pelos nomes não assumo qualquer identidade anónima e confidencial, não serei pois senhor (não acho piada a ser damo)de nada, nem terei o nome mágico de um qualquer atento seja lá ao que for...
Sou pois o Pedro... (quem me conhece sabe que sou destas coisas, não gosto de refúgios, ou sou ou não sou... e quem me quiser que me leve, quem não quiser... não engula).
Vou passar a ser um comentador regular destas páginas, confesso que venho aqui muitas vezes, que as vezes não comento por sentir que há uma certa tendência para surgirem diálogos paralelos que ultrapassam o tema proposto pelo bloguista ao colocar o post e eu não gosto muito de meter-me em conversas alheias.
Mas porque o blog é o que é ... porque envolve um esforço a quem o pensa, porque temos de ser proactivos, desta vez optei por não me resignar a passar aos comentários.
Gostaria de começar por referir que, apesar de respeitar a opinião da dama de pé de cabra e de partilhar tal como o redfish de uma certa antipatia para com a ideia de que o bloco é levado ao colo pela comunicação social (quando na realidade ou esta nem sequer aparece a noticiar os eventos do BE, ou pior ainda, quando o faz, quando os repórteres aparecem e fazem peças sobre os eventos, tal esforço surge como inglório uma vez que tais artigos, ou reportagens dificilmente chegaram as páginas dos jornais ou serão encaixados nos blocos noticiosos ... o que dirá por exemplo sobre isto a “coitada” da jornalista da TVI que andou uns km connosco na marcha, que entrevistou o Louça e o Rosas e mais uns quantos anónimos e depois nada ).
Apesar de como estava a dizer, partilhar a opinião dos supraditos, entristece-me que se esteja a fugir ao tema da conversa, a MARCHA PELO EMPREGO, é pois tempo de falar da marcha.
Antes de mais gostaria de como participante dessa acção expressar o meu reconhecimento não só pelo facto de a este evento terem aderido muitos jovens, numa atitude proactiva distante da visão boy in (o que me faz ter menos medo dos dias que ai virão) mas também pela boa organização do evento, pelo imenso cuidado quer ao nível da logística, apoio e acompanhamento dos marchantes etc...
Ter participado deste evento foi para mim um acontecimento especial não só pelo facto de lado a lado ter visto marchar pessoas de todas as idades e de todas as classes sociais unidas pelo objectivo comum de alertar para o problema do desemprego e para o autentico assassínio dos direitos dos trabalhadores, mas também por ter podido, juntar-me à merecida homenagem àqueles que na Marinha Grande, como noutros pontos do pais tiveram coragem, a 18 de Janeiro de 1934, em plena época de repressão salazarista, de tentar dizer basta ao atropelos dos seus direitos enquanto trabalhadores e cidadãos .
A intervenção dos historiadores convidados, bem como o vídeo apresentado foi muito importante para despertar as consciências para o sangue e para o suor derramado pelos que ousaram dizer não e foram com o seu sofrimento conquistando o direitos que temos enquanto trabalhadores, quem sabe se lembrando-nos deixemos de abdicar deles tão pacificamente como damos por nós a faze-lo dia a dia ou talvez cheguemos à altura, mais cedo ou mais tarde, de voltar a dizer chega...
Só lamento que ao debate não tenha assistido nenhum elemento da comunicação social, teria sido importante para honrar os homens e as mulheres de 18 de Janeiro, para despertar as consciências ( é engraçado como sem querer dou por mim a perceber porque é que a comunicação social não estava lá... porque é perigoso despertar as consciências) .
Finalmente e extravasando o ponto da marcha penso que a questão do encerramento do SAP merecia um post próprio em que as pessoas pudessem expressar o que sentem sobre este domínio.
Bem ajam camaradas.

Anónimo disse...

BONS OLHOS TE VEJAM PEDRO

Isto estava a cair num ciclo vicioso...umas ceroulas...um agitador...uma cabra e um peixe....tens razão em relação ao post própio mas para isso teria de perceber como se faz a coisa (ainda não tive um bocadinho para aprender)!
Quanto à Marcha...o que é que te posso dizer? participei em part-time nela (já que não me pude escapulir ao emprego)mas não me parece que tenha feito a diferença....ou pelo menos que tenha marcado a população em geral...gostei particularmente do discurso do Rosas no Comício da Marinha Grande...até compreendo os motivos que estiveram por trás da ideia da marcha, trouxe alguma visibilidade ao Bloco num momento em que estava um pouco em baixo nas sondagens...em todo o caso sou por outro tipo de acções, com menos impacto interior e mais impacto exterior...trata-se meramente de uma opinião muito pessoal mas preferia acções menos irreverentes e mais incinsivas....é que por este andar o BE da fama não se livra

Leiria em Cuecas disse...

A questão, Carlos, não tem a ver com partidos, mas com políticas! Um PS com políticas similares ao PSD, só é PS de nome: Assim como o PSD com o Santana Lopes estava mais próximo do PP do que do ideário ( alguém lá dentro ainda se lembra dele? ) que defendia nos tempos do sempre evocado Sá Carneiro. Assim como não cabia na cabeça de ninguém e hoje são factos consumados as alianças a nível autárquico entre PCP e PSD.
Chamam a isto "pragmatismo"! Eu chamo antes #*#£#***#!!
O fim dos SAPes não passam dessa mesma estratégia de pragmatismo oficial, em que o PS, protegido por uma maioria absoluta e com um ciclo eleitoral que lhe é favorável, as próximas eleições só daqui a 3 anos, pode fazer tábua rasa de tudo o que apregoou na campanha eleitoral e em nome da contenção orçamental, vai retirando qualidade e direitos da vida dos portugueses, o que faz à vontade pois já viu também que os bichos são mansos! Na prática, nessa história do SAP o que vai acontecer, é que mantendo semanalmente a mesma estrutura, vai funcionar como uma consulta normal, em que a diferença para o doente é que não vai encontrar pela frente o "seu" médico de família, mas outro qualquer que esteja de serviço ( 2 de 6 em 6 horas ). No SAP não se podiam passar uma certa quantidade de exames e certos actos médicos não eram possíveis. Agora vão-no ser. A parte má é que aos fins de semana e feriados encerra às 13h e quem tiver urgência de tratamento deverá ir ao Hospital Santo André. Eu cá espero para ver antes de falar, mas temo muita confusão e engarrafamentos, pois faltam meios e médicos nas urgência do Hospital.
Na prática: omeletas sem ovos!!
Na Marcha tem-se tentado trazer à ribalta o que permanece sempre nas trevas informativas. Tal como o Pedro disse, há profissionais que são isentos e corretos, mas depois há "política redactorial", que impede a divulgação das notícias. Isto acontece e aconteceu com o PS, com o PSD e o CDS/PP, e até no Diário Popular do nóbel Saramago!
Há políticas e quem lhes dá seguimento só pressionado por uma forte opinião popular desiste delas.
Ora a opinião pública está fortemente condicionada, ou pela falta de isenção dos média, quer pela elevada iletracia reinante no nosso Portugal, mesmo nas classes mais favorecidas e até em níveis académicos mais altos. Parece uma "pescadinha de rabo na boca".
Pois é aí que entra a Marcha como forma privilegiada de denúncia e debate. Sem esquecer a festa, que também faz parte duma boa luta. Por isso não estou de acordo contigo, Dama minha, embora te perceba, e contigo comungue da mesma preocupação sobre a aparente "acalmia" na postura bloquista, mas também penso que numa altura de fraca movimentação eleitoral, que como sabes são épocas de enorme capacidade catalizadora de energias, há que arranjar formas motivadoras de manter o debate interno ( sempre necessário) e despertar para a acção ( que a rotina tem tendência a instalar-se). A meu ver a Marcha serviu bem estes objectivos, assim como rompeu com a parede de invisibilidade a que os " simpáticos e amigos do peito" dos média têm sujeito o BE.
Abraços a todos

Redfish

Anónimo disse...

Só para fazer um ponto ordem à mesa...e se o Senhor Carlos Patrão me permite....deverá lembrar-se que o Sócrates já foi (e pelos visto continua a ser) do PSD...e once a PSD always a PSD ...Também não me parece que o BE ganhe aderentes pela sua simpatia ou pelo seu "charme" como refere..mas espero que pelas suas políticas de contestação...e não se iluda....tanto temos que nos preocupar com o PS como com o PSD..afinal estamos a viver um regime dualista em que o PS e o PSD se revezam no Governo...tipo Inglaterra....isto só lá ia com uma revolução...CABOUMMMMMMMM